ATÉ A MORTE, UMA TRINCHEIRA DE LUTA PELA REVOLUÇÃO
PROLETÁRIA MUNDIAL!
O próprio Trotsky se encarregou de afirmar que “O dia do meu
nascimento coincide com o da Revolução de Outubro. Os míticos e os discípulos
de Pitágoras podem tirar as conclusões que desejarem. Eu não percebi essa
curiosa coincidência até três anos depois dos dias de outubro”. Trotsky viveu
até os 9 anos de idade no campo e sua vida mudou substancialmente quando ele
foi enviado, em 1888, para estudar em Odessa, longe de sua família e de seu
lar. Conta que o “desejo nascente de ver, saber, conquistar, encontrou sua
saída nessa incansável absorção de textos impressos; minhas mãos e os meus
lábios de menino estavam sempre tensos em direção ao cálice da invenção
literária. Tudo o que a vida deveria dar-me de interessante, emocionante,
alegria ou tristeza, já estava contido nas emoções de minhas leituras,
alusivamente, como uma promessa, como um esboço tímido e leve a lápis ou
aquarela”. Estudou matemática em Odessa onde se ligou aos revolucionários
ativistas socialdemocratas. Cursou o sétimo ano da escola em Nikolaiev, onde
começou sua militância. Essa experiência lhe permitiu estabelecer contato
íntimo com os trabalhadores de base enquanto dava os primeiros passos no
caminho para a revolução. Um ano depois de sair da escola, em 1989, foi preso
pelo regime czarista. Sua Universidade foi a prisão, a deportação e a
emigração. Enquanto estava na prisão, as coisas começaram a mudar, os
estudantes estavam se manifestando, a socialdemocracia se fortalecendo e se
fundindo cada vez mais com o movimento dos trabalhadores. As prisões estavam
lotadas de trabalhadores. Na prisão de Moscou, dedicou-se a avançar em seus
estudos teóricos, lá ouviu falar pela primeira vez de Lenin e leu seu livro
sobre o desenvolvimento do capitalismo russo. No outono de 1900, foi deportado
para a Sibéria e será nessas terras congelantes que o marxismo se tornará a
base de sua concepção do mundo e seu método de pensamento.